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De mim para ti.

Queres que te conte um segredo? Só este fim de semana acabei de ler o teu livro. É verdade... Estranho não é? Como passei um verão inteiro a promover uma obra que nem sequer tinha lido. Provavelmente porque estava demasiado dentro de tudo e estava a viver a realidade de uma forma demasiado intensa para que conseguisse lê-lo da forma mais distante possível. Não consegui. É estranho lermos um livro que fala sobre uma das nossas melhores amigas. É estranho lermos partes dele que falam sobre nós. Obrigada por isso. Acho que nunca te agradeci pelo facto de me teres incluído nele. Foi impossível não chorar. Não pelo facto de no que toca ao assunto "Elisa Silva" o coração falar sempre mais alto e ser sempre difícil controlar as emoções, mas porque a cada página que passava o meu orgulho por ti aumentava. Mesmo já conhecendo a história toda. Mesmo sabendo cada sentimento que estava a ser descrito lá. É bom ter-te na minha vida e espero que o saibas, e que nem por um segundo me arrependo de nada do que já fiz contigo e por ti. Não sei se sabes, mas és uma das minhas maiores lutas. E nunca vou desistir de ti. Sei que não gostas destes lamechismos e sabes que eu também não, mas há coisas que têm que se falar e que têm que ser ditas. Quando criei este blog foi com o intuito não só de mostrar a doença e mostrar a todos o exemplo de vida que és, mas também para ter um espaço onde pudesse escrever tudo aquilo que penso sobre ti com toda a liberdade do mundo. Onde pudesse mostrar todo o orgulho que sinto em puder chamar-te de amiga. Neste texto, não me importo de quantas leituras vai ter. Desde que uma delas seja tua. Apenas sensivelmente quatro meses após ter terminado a nossa aventura com os teus livros às costas por Portugal eu consegui pegar no meu exemplar e ler em papel tudo aquilo que já tinha ouvido pela tua boca. E apenas te tenho a dizer aquilo que nunca me canso de mostrar: És um dos meus maiores orgulhos. És uma das minhas maiores lutas, e desculpa se me achas chata e às vezes não podes comigo pelos cabelos, mas eu vim para ficar e não te vou abandonar. Hoje as saudades apertaram mais, e espero-te para poder chatear-te o mais possível e embirrar contigo até teres as sobrancelhas arqueadas e as narinas abertas de raiva. Mas eu gosto de ti assim... Também não tenho outro remédio. Obrigada, pelo livro, pelo verão, pelo ano, por todos estes anos, pela vida. És muito mais importante do que julgas, e estou contigo em todas as lutas que precisares. Sempre. Da tua Nês.

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