Outubro de 2009 |
Dezembro de 2013 |
Inês:
Chamo-me Inês e tenho 18 anos. Conheci a Lisa em Setembro de 2008, num encontro em Vieira do Minho promovido por uma associação à qual ambas pertencemos, a APAHE. Fui a esse encontro pois embora não tenha conhecimento de que seja portadora de alguma ataxia, na minha família está presente a Ataxia de Machado Joseph, uma das quais que a associação aborda.
Chamo-me Inês e tenho 18 anos. Conheci a Lisa em Setembro de 2008, num encontro em Vieira do Minho promovido por uma associação à qual ambas pertencemos, a APAHE. Fui a esse encontro pois embora não tenha conhecimento de que seja portadora de alguma ataxia, na minha família está presente a Ataxia de Machado Joseph, uma das quais que a associação aborda.
Desde aí criámos laços
muito fortes que se mantêm até hoje, mesmo só nos vendo uma vez por ano nesses
mesmos encontros da APAHE. Quando nos víamos
era a alegria total, riamos, riamos muito como se o tempo nunca tivesse passado,
parecia que aquelas horas que passávamos juntas se resumiam no resto do ano
que não nos víamos. Quando ela foi morar para a Suíça, estivemos dois anos sem
nos vermos, mas nem assim a amizade que temos mudou, e hoje, afirmo com todas
as certezas que ela é uma das pessoas por quem mais me orgulho no mundo.
A Lisa é das únicas pessoas que tenho que faço qualquer
coisa por vê-la bem. Qualquer loucura. Ela sabe disso. Basta pedir que
automaticamente eu irei fazer tudo para que aconteça. A minha prioridade é que
os sonhos dela se realizem, ou pelo menos lutar ao máximo para que isso aconteça.
A minha prioridade é saber que ela está bem e se esquece de todos os problemas
que tem nem que seja por cinco minutos, e por isso lhe dei a ideia de criarmos
este blog. Custa muito saber que estamos longe uma da outra, e não a posso
apoiar sempre que quero e sempre que sei que precisa e por isso isto é também
uma forma de estarmos mais próximas.
Estávamos a conversar
e ela disse-me que não aguentava mais aquilo, que estava muito em baixo, tal
como muitas vezes o diz. Para mim isto foi a frase essencial para começar a
procurar uma solução, para melhorar a sua auto estima, mudar o que sente, fazer
qualquer coisa para a fazer sentir bem. A solução (ou a tentativa dela), foi
isto.
Vamos as duas publicar no blog e assim mostrar uma visão
diferente do mundo, o lado de quem é doente e o lado de quem vê o doente. Acima
de tudo vou dar o meu máximo para ter a certeza de que ela tem um lugar onde se
sente bem, quero ter a certeza que quando ela publicar um post ou uma
fotografia fica mais aliviada, quero que ela saiba que tem um lugar onde pode
ser ela própria e que tem e vai ter cada vez mais pessoas do seu lado.
Quero que toda a gente conheça a guerreira que a Lisa como
eu conheço, e que toda a gente aprenda tanto com ela como eu tenho aprendido ao
longo dos anos, e por isso criei o “Viver com a Lisa”. Vamos a isto.
:)
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